sábado, 22 de agosto de 2009

Em tempo presente

Agora cantarei ao anoitecer
porque os suspiros da noite são os aspiros do próximo dia.

Fugirei para a vida ao anoitecer,
para a paisagem que já criei,
mas que não há em matéria...
ainda...
que não há, também, na realidade de meus companheiros de mundo, de vida, de existência.

Estes, certamente diriam que estou caduco,
me entupiriam de entorpecentes,
me acorrentariam,
veriam em mim o perigo, o inimigo.

Não!

Cantarei ao anoitecer.
Porque a noite espera um novo dia.
Porque as esperanças que são minhas
aguardam um novo dia
para viajarem por outra via.

Arthur M. Vargens

2 comentários:

Anônimo disse...

Não me pareceu forçado, mas é um tanto quanto perceptível que não é muito seu estilo.
Gostei do texto, gostei de como o escreveu, a escolha das palavras.
Mas não senti o texto, talvez seja por que você não o tenha feito de toda vontade e sim por meio que uma 'obrigação'
Amo você irmão, e continue escrevendo por que a mana aqui adora ler suas maluquices brilhantes!!

Carmem disse...

Sua paisagem é antiga querido.
A mesma paisagem que abriga mais 5 pessoas.
É a nossa paisagem familiar.
Ela está desenhada em minha memória e jamais se apagará.
E será sempre nossa.
Lindo texto, digno do escritor que admiro
Que venham mais textos.
Parabéns!